terça-feira, 9 de julho de 2013

Dia 18: Moisés completa a trindade de Michelângelo

Décimo oitavo dia na Itália (04/03). Gente boa o Lorenzo. Francesca também, sempre radiante, com um sorriso contagiante. Fala rindo, e se mostra interessada pelo que você diz. Me despedi dela com dois beijinhos e cobrando uma visita ao Brasil. Então fui de carona com Lorenzo ao mesmo ponto de trem, perto do trabalho dele. Lorenzo trabalha em uma empresa que fiscaliza o consumo de energia elétrica. Foi o que entendi. Mas é ator nas horas vagas. Assisti a seus testes, interessante. Ele é do tipo charmosão, bonito e alto, e sempre se despede levantando o canto esquerdo da boca e piscando de leve o mesmo olho.

Para fechar a trindade de Michelângelo, Moisés, na pequena chiesa de San Pietro in Vincoli

Nos despedimos e peguei o trem. Vim conversando com um jornalista de teatro. Falei de Lorenzo. Depois peguei o metro para a estação, deixei minhas bagagens e fui bater perna. Dia rápido, só corrigir algumas faltas. Como a de não ter ido até então a chiesa di San Pietro in Vincoli, onde está a estátua de Moisés, a terceira da trindade de Michelângelo (Moisés, Davi, Pietá). Bela. A igreja também, pequena e sem fachada de igreja. Ali perto, a Santa Maggiore, com teto quadrado. Belíssima.


A belíssima Santa Maria Maggiore

Continuei caminhando, alcancei o bom e velho coliseu e fui pegar a água do Tevero. Passei pela Boca Della Veritá e uma fila para colocar a mão dentro. Necas. Descansei às margens do Tevero, vendo uns pescadores. Coleta da água, pensei que era hora de ir de vez. Ia pegar o trem das 16h42, mas adiantei em duas horas. Corri para a estação olhando para tudo como se fosse a última vez. Diz a lenda que, se joga a moeda na Fontana di Verdi, você volta a Roma. Nunca se sabe.

A Boca Della Veritá. Passei duas vezes por ela, mas não coloquei a mão em sua boca.

Na estação usei o banheiro e comi alguma coisa. Um brioche de chocolate, como sempre. Busquei a passagem e fui esperar o trem. Consegui um lugar no último vagão. Senhora simpática conversando comigo e me dando de comer, hehehe. Ela me fez experimentar um negocio que parece uma cebola, mas tem o gosto suave. Interessante. Na janela, o mar começava a aparecer. Estava meio aflito em chegar a Napoli, cidade de mafiosos, do sul, mas feia e desorganizada.


Fim de dia em Roma, vendo italianos pescarem no Rio Tevero.

Que nada, fui bem tratado nas informações turísticas da estação. Peguei metrôs organizados e agora estou aqui no hostel. Faz um pouco de frio, é certo, mas vou poder tomar um banho quente e jantar com o pessoal daqui. Amanhã, conheço Napoli, depois a costa Amalfitana e, por último, o Vesúvio. Tô vendo que a Grécia vai ficar para próxima.

Ufa, três dias em um e-mail. Se tivesse a mesma frequência para escrever meu blog, ele seria um sucesso.

Beijo a todos que chegaram até aqui. E abraços a quem ficou pelo caminho. Amo vocês,
Murilo

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