quarta-feira, 3 de julho de 2013

Dia 16: praças e ruínas em um dia de andança

Escrevo de um hostel bem bacana em Napoli. Eu adoro hosteles. Cheguei aqui cansado e o cara foi bem receptivo, fala em português e me deu um monte de dicas sobre a cidade. Vou ficar mais tempo que esperava. Mas voltamos um dia no tempo.

Um dia de andança sem rumo por Roma

Décimo sexto dia na Itália (02/03). Peguei o dia cedo para fazer pequenas coisas. Fui de carona com o Lorenzo até uma estação de trem para baixar na Piazza del Popolo. Dia quente, de sol. Pessoas por ali andando, ou sentadas próximas aos leões no pé do Obeslisco. Caminhei pela praça e sentei para tomar um caffé machiato com una brioche. Fiz meu plano de passeio do dia, o primeiro passo seria conhecer a chiesa de Santa Maria del Popolo, Pequena, mas muito bonita, cheia de capelas. Em uma, de graça, duas obras de Caravaggio, Conversão de Saulo e Crucificação de Paulo. Belíssimas.


Chiesa Santa Maria del Popolo e o Obelisco na Piazza del Popolo 

Mas o dia prometia mais. Passei pelo Mausoléu de Augusto, onde tem uma fonte bacaninha, depois fui em direção a Piazza Venezia, caótica como sempre. Estava me enrolando, passei pela Piazza Spagnia antes, onde tem uma belíssima escadaria com uma igreja lá no alto. Subi, tomei um sol, descansei. Voltei a caminhar, agora sim, para o que interessava: o foro romano e o palatino.


A linda Piazza di Spagina e La Fontana di Trevi, ambas à luz do dia

Perdi algum tempo por lá. Tentando entender o que a mulher do audioguia falava. Mostra onde os romanos trabalhavam, seus tribunais, e suas casas. Muito interessante, ruínas sobre ruínas, mas dá para ter uma ideia, mínima ao menos, de como era. Fiquei um bom tempo por lá, mas estava com fome. Dei a volta no Foro, passei pela frente do Coliseu de novo, e fui até a praça Boca della Veritá. Tem uma cabeça com uma boca onde todo turista bota a mão. Não fiz isso. Cruzei a ponte Palatino, estava cansado. Caminhei mais um pouco até a Piazza Navona, onde está nossa embaixada e a fonte dei quatri fiumi. Fiquei um tempo lá.


Tempos antigos. Ruínas e mais ruínas no Foro Romano e no Palatino

Piazza gostosa, cheia de artistas, músicos e pintores. Tomei um sorvete, e fiquei ouvindo uma cantora cantar em francês no meio da rua. Bello. Sentei-me em uma mesa no restaurante da frente e pedi um spaguete óleo e pimenta (eu tinha me esquecido como era pimenta em italiano e pedi sem saber. Estava forte que era o diabo). Comi ouvindo a cantora.

A noite, a caótia Piazza Venezia (de perto, o monumento nem parece tão caótico)

Aí corri andar. Tinha marcado com o Lorenzo em outra parte da cidade, mas com meu mapa mágico no bolso, faço tudo. Sai batendo perna, cruzando via Vitorio Emanuelle, passando pela Piazza Venezia a noite, dando a volta e chegando ao Coliseu, onde fiz algumas fotos noturnas. Aí, fácil, via Cavour e já estava onde tínhamos combinado. Compramos uma cerveja local e ficamos jogando conversa fora. Ele tentando falar: "Leite quente faz mal para o dente da gente". Impossível.

Colosseo a noite. Igualmente lindo

De carro, fomos encontrar Francesca, a namorada de Lorenzo. E jantamos em um restaurante mais ou menos. Eu comi o antepasto, um monte de verduras, queijos e legumes, e depois um nhoque. Estava farto. Aí paguei a conta para nós três, o mínimo que poderia fazer por quatro dias de hospitalidade do casal.

Voltamos para a casa. Era noite e eu estava cansado. No outro dia teria uma visita diferente para fazer.

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