domingo, 8 de abril de 2012

Dia 6: Novos amigos em Veneza

Oi Mamma, e pappa, tudo bem?

Sexto dia na Itália (20/02). Estou um pouco cansado. Acabamos de chegar de um barzinho e vou para cama. Amanhã, o dia vai ser longo – meus novos amigos viajam cedo e eu quero acordar em igual horário para aproveitar o dia. Hoje foi muito legal em Veneza, não somente por causa da cidade, mas pela companhia.

O dia em que molhei os pés. Me arrependi por boa parte da viagem

Lembro que quando viajei sozinho pela América Latina, não reclamava de estar sozinho, já que a todo momento encontrava amigos para seguir viagem comigo. Estava aguardando que isso acontecesse nesta viagem a qualquer momento, mas é mais difícil por ser Europa, acho. Então resolvi ajudar. Ontem, quando cheguei em Venezia aconteceu algo que ocorre umas cinco vezes por ano, e, pela primeira vez este ano: a água começou a invadir a cidade.

Dia inteiro andando pela terra das gôndolas

Veneza com a água onde deve estar: nos canais

É realmente interessante: toca um alarme quando a água sobe – eu ouvi o alarme disparar quando escrevia outro email [leia aqui]. Aí, as pessoas começam a se preparar. Colocam as bombas de drenagem para trabalhar e umas proteções em frente às lojas. Estas estruturas já estão lá, são mini portas de metal que sobem para barrar a entrada da água. Então, são colocadas passarelas em toda a cidade para permitir que o pessoal caminhe e os vendedores, com suas botas altas, ficam bombeando a água pra fora de seus estabelecimentos. Foi neste cenário que eu conheci meus dois primeiros amigos de viagem.

Tommy, o casal Kaylen e Roger e o Kyle: novos amigos

Tinha visto o Kyle e o Thomas quando eu fazia o check-in no hostel. Dois americanos que moram no Sul da França para estudar o idioma. Eu vi os dois tomando sorvete em uma gelatteria e fui pra lá também. Como sempre, puxei conversa. "Vocês não vão conseguir chegar ao hostel com estes tênis baixos aí”, disse em inglês apontando para All Star deles. Aí ficamos batendo papo um monte, eles voltaram para o hotel e eu fui sacar algumas fotos.

Fotos. Só não sei o que é

Para chegar ao hostel, enfrentei um rio. Encharquei meu tênis. Tomei um banho de rei e fui dormir. Estava preocupado porque achava ter perdido as chaves – teria que pagar 50 euros por isso. Não consegui dormir. Até mudei de quarto, por causa do ronco insisistente de um cara da cama ao meu lado. Dormi. No outro dia, o cara da recepção disse que minha chave estava segura – eu tinha deixado cair no hall de entrada.

Vitrine com massas. Algo quente em um dia gelado

Tommy me viu pela manhã e me convidou para sair com eles. Kyle estava com outos dois amigos, o Roger e a namorada. Fomos tomar café da manhã. Andamos o dia todo. Estava realmente frio, mas pudemos sentir um pouco de o que é Venezia. Eu sempre tive uma ideia errada: como se fossem uma cidade construída meio no improviso sobre a água. Não é. Venezia é uma cidade normal, mas repleta de canais. E é linda. As ruazinhas, as praças, o grande canal com sua ponte de Rialto, a mais linda de todas. Andamos de verdade por calçadas pequeninas, nos perdendo em lugares não turísticos. Experimentamos caffes e diferentes drinks, inclusive até agora pouco.

San Marco e Rialto, os dois pontos turísticos principais de Veneza

Foi muito bom, apesar do tempo chato que de novo não ajudou. Mas finalmente fazia uma coisa com amigos, da forma que estou acostumado a viajar: quando o programa com os amigos é melhor que a cidade em si [em La Paz, mudei meu roteiro para seguir a viagem com Marco e Ben]. Minha ideia era ver uma ópera, mas preferi ficar com eles. Fazia frio e o coitado com Kyle com roupa curta, mas o dia foi legal. Terminamos com um MacDonald, a embaixada americana na Itália e em qualquer outro lugar

 Na "embaixada americana", um Mac Itália

Agora a noite saímos os cinco para andar de novo. Antes disso, Tommy ficou em uma conversa profunda com outro americano. Catei o Kyle e viemos aqui na internet um pouco. Papo chato o de Tommy. Aí, saímos para a região da Margherita onde tem alguns bares. Experimentamos algumas bebidas e pulamos de bar em bar. E agora estou aqui.

Fim dia, bebidas e piadas sobre sardas: confundi os termos "freckles" (sardas) e "pimples"(espinhas de rosto) e disse "I like pimples". Eles: "No!"

O pessoal me convidou para passar alguns dias na França em uma cidade no Sul chamada Poo. Eu poderia conhecer Paris e outras cidades bonitas da França. Fique na dúvida. Porque não mudar totalmente minha organização de meses? É uma.

Bem, depois de um dia ótimo com amigos e tals, vou dormir. Amanhã quero visitar agumas ilhas próximas de Veneza e seguir viagem. Vai ser bom, pena que sem o pessoal. A noite, vou para Bologna.

E de lá, continuo a história.

Murilo

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