segunda-feira, 16 de março de 2009

Operação Europa cumprida!

Quando resolvi criar este blog, a intenção foi escrever sobre as idas a e vindas de Campinas, motivadas pela pós-graduação em jornalismo científico. Uma coisa puxa a outra e, para defender um trabalho da pós, tive a oportunidade de conhecer, embora efemeramente, a Europa.

As pétalas da margarida: Enio e Juttel, Flavitcha e Davi, e nosso grande irmão, Hércules Menezes, que ficou no Brasil

Com o fim da pós, o blog correu o risco de cair no limbo, mas foi salvo pela viagem no meio do ano passado. Nasceu o Especial Europa, um espaço para narrar as viagens in loco e contar as aventuras por lá. Bem, in loco mesmo não deu certo, mas prometi contar tudo o que aconteceu quando voltasse para casa.

Na Europa, tentativas frustradas de atualizar o blog. No Brasil, idem

O resultado vocês viram, uma das maiores enrolações da história dos blogs: meses para terminar de escrever sobre uma viagem de duas semanas. Nos últimos dias dei um gás e, meio a toque de caixa, no apagar das luzes, terminei de forma sôfrega a viagem pela Europa.

Em Schiphol, ainda verdinhos, o animado time do Bem me quer

Falta o voo final. Aquele entrar no avião e dizer adeus a tudo. Tão rápido, mas tão rico em histórias que, embora tudo tenha ocorrido há tanto tempo, ainda causa saudades.

Com Flávia, atrás da fumaça no Museu de História Natural de Estocolmo

Mas as despedidas podem vir antes do voo, antes de o continente europeu ficar pequenino pela igualmente pequena janela do avião. Despeço-me não só daqueles momentos felizes, de aprendizado, conhecimento e turismo, mas das pessoas que conheci, e daqueles que fizeram parte dessas histórias desde o início: a turma do “Bem me quer, mal me quer”.

Com Enio, no metrô recém-chegados em Amsterdam

Das seis pétalas da margarida, cinco defenderam a instalação na Suécia. Hércules ficou no Brasil, mas nem por isso deixa de ser homenageado. Além dele e de mim, Davi Santaela, Flávia Dourado, Enio Rodrigo e Luiz Paulo Juttel fizeram e aconteceram em solo europeu. Meus agradecimentos, pela amizade e por compartilhar momentos inesquecíveis, ficam registrados por aqui.

E com Juttel, com Juttel, com Juttel e com Juttel. Parceirão de viagem!

Então no fim da viagem fiquei sozinho. Após o derradeiro adeus a Juttel (depois de então nunca mais falei com ele pessoalmente), segui meu rumo comigo mesmo. Meu carma, lembra? E foi assim que peguei o voo final.

Voo final

Não foi fácil acordar na manhã do dia 06 de julho de 2008, último dia na Europa, para pegar o voo de volta ao Brasil. Tive que apelar para o celular de um finlandês, que dividia o quarto do hostel. De lá para estação de trem e da estação para o aeroporto de Praga. Faria conexão no bom e velho Schiphol, em Amsterdam, e seguiria viagem.

No voo final, de novo o mar de nuvens

Embora seja difícil acreditar, não houve muito estardalhaço na viagem de volta. Curti a vista aérea de Praga e o curto trecho até Amsterdam. Estava exausto, mas bem aceso quando pousamos no Schiphol.

Adeus velho continente. Até breve!

Na verdade, estava eufórico, meu voo para o Brasil sairia em minutos, segundo minhas contas, e uma fila dentro do avião barrava minha passagem. Nunca corri tanto. Atravessei o maior aeroporto europeu correndo como atleta velocista e cheguei suando no meu portão de embarque. A fila já estava armada, mas tinha ainda lá meus trinta minutos.

E a água do Danúbio ficou. A primeira da minha coleção de águas, como era esperado, não passou pela inspeção rigorosa do Schiphol. Tenho que voltar para Budapeste, ou qualquer uma das sete capitais banhadas pelo Danúbio, e pegar a água de novo.

Amigas de viagem. Tour pelo Egito e curso de dança do ventre

No voo, o sotaque brasileiro reapareceu. Já não podia falar bobagem sem ser entendido, os brazucas dominavam. Conheci um pessoal gente fina que fizera uma excursão pelo Egito. E três rapazes tão sobreviventes quanto eu: pegaram um voo do Brasil para Portugal, mas foram barrados na conexão em Schiphol, ficaram três dias no aeroporto e voltaram embora!

E eu reclamando das minhas noites de sono em Guarulhos...

E foi lá que cheguei numa tarde de domingo. Faria a conexão para Foz, pegando o bom e velho 3557 da TAM. Busquei minha bagagem na esteira e a minha roleta da sorte em viagens tornou a girar. Como se voltasse ao passado e revivesse o drama de Arlanda, em Estocolmo, fui novamente premiado:

A companhia tinha perdido de novo minha bagagem!

Um comentário:

Adriana disse...

pARABÉNS, mURILO. vOCÊ REALMENTE MERECE. Todos nós, jornalistas, sempre dizemos que vamos escrever o que vivenciamos... bem, se isso realmente acontecesse não teria gente no mundo para ler nossa produção. Você demorou, mas conseguiu. Parabéns de novo. Super beijos,