sábado, 3 de janeiro de 2009

Curta viagem, curto post

A poesia alemã nunca me chamou muito a atenção. Na verdade, poesia não é o meu forte. Quanto menos alemã. Mas então o que fazia eu ouvindo uma jovem alemã, estudante de teatro, declamar seu texto na língua pátria?

Viagem de ônibus, mais uma. Ô sina! Chegamos a tempo de pegar o ônibus pela rabeira para seguir viagem rumo à próxima parada. Viena. Terra das artes, cidade que incentiva a cultura e que tinha o curso ideal para a minha companheira de banco.

Embora curta, a viagem de ônibus foi muito cansativa. Olha a cara!

Ops, que educação a minha, deixe-me apresentá-la. Seu nome é [colocar o nome aqui quando lembrar, heheehh], uma jovem com pouco mais de 20 anos que visava um curso de teatro na Áustria. Viajava de Berlim a Viena para fazer um teste – queria ser atriz de teatro. Era minha romântica companhia em uma curta viagem de ônibus.

Ônibus e suas artimanhas tecnológicas, mas poderia ser mais confortável

A viagem não foi das melhores não. Ônibus na Europa é meio desconfortável. Interessante ver pequenos televisores transmitindo o que a câmera captava lá de fora. Pra mim inusitado. Fora isso, nada demais. A não ser a dureza e pouca inclinação da poltrona que me lembrou os tempos áureos dos voos Campinas - Foz do Iguaçu.

Dureza no banco, mas boa companhia. A jovem tedesca me deu algumas dicas culturais de Berlim. Talvez me sirva para uma próxima viagem. Mapa no colo, e dá-lhe mãos apontando este e aquele lugar. Deu no que deu. Em uma curta viagem, o primeiro caso europeu.

Nascer do sol tem em todo lugar

Legal a companhia dela. Contou-me sobre os planos na Áustria e sua carreira de teatro. E encenou parte do monólogo que ela iria apresentar em seu teste. Tudo em alemão. Não entendi patavina, mas gostei.

A curta viagem tinha destino. Estranhei algumas pichações em uma construção histórica. Lembravam fogo. Diferente das bonitas paisagens logo no amanhecer do dia. Pegar o nascer do sol na estrada foi único.

Não era bem o que eu esperava da Áustria, mas eis que chegamos

Mas é dia e tem sol. Hora de me despedir de minha companheira e desejar-lhe sorte. Embora tenhamos trocado endereço, não voltamos a nos falar. Espero que ela tenha conseguido a vaga na escola de arte. Mas foco. Acordar o Juttel, ajeitar as malas e pisar em solo austríaco.

Cheiro de futebol no ar, com toques de final de campeonato. Coisa que vocês encontram no próximo post.

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