sexta-feira, 20 de junho de 2008

Agradecimentos

Escrevo diante de um prato de sopa. Imaginem, mac branco e sopa de galinha não combinam. Mas precisava escrever logo este texto. Daqui a menos de uma hora sai meu ônibus, mais uma viagem para o estado de São Paulo. Desta vez, no entanto, o motivo da viagem não é Campinas ou Labjor. O trecho é mais longo.

Antes de começar uma nova viagem, preciso terminar a antiga. Por um semestre fui e voltei para Campinas e, parte desas viagens, relatei para vocês neste blog. Muitas histórias se perderam ao longo desses quilômetros rodados, outras se escondem lá no fundo do bagageiro da memória. Mas sem o Labjor, acabam as viagens para Campinas e acabam os pretexto para alimentar esse blog. Ao menos por hora.

Ainda lembro me da expressão espantada de meus colegas quando dizia que faria tamanha viagem toda semana. Mas acabei faltando apeas a três aulas, sendo que um dos motivos foi o trabalho.

Chegar até aqui dependeu de muito esforço, paciência e força de vontade. Mas também tive a sorte de ter amigos que fizeram todo o meio de campo. Sem eles, minha vida teria sido bem mais difícil e certamente não teria frequentado tantas aulas.

O que dizer, por exemplo, da hospitalidade do Juttel e da Dri, que receberam o velho e chato amigo de braços abertos. Vez ou outra eu reclamava disso e daquilo e era divertido ver o Juttel se irritar. "Eu não acredito que você ainda não lavou a minha toalha" ou "claro que quem vai dormir na cama sou eu". A Dri chegava a pensar, "que cara folgado", mas após as brincadeiras eles me recebiam bem. O colchão na sala e o controle da TV já tinham dono. E com o direito de tera companhia o Sr. Wilson (gato) que dormia aos meus pés todo dia.

Na volta para Foz, a hospitalidade ficava por conta do Flávio, que sempre me recebeu com um sorriso no rosto, apesar de ter que abrir a porta às 2h da manhã. Quando eu chegava, o sofá-cama já estava arrumado e a toalha e um calção separados para meu uso. Morto, apenas dava oi e ia para cama, as vezes ouvindo o deboche brincalhão dele: "dorme aí as suas quatro horas de sono".

Em casa, não tem preço a ajuda do pai e da mão nos meses sombrios antes de chegar meu cartão de crédito. Cada passagem pesava na conta de um ou outro e até hoje os limites de ambos os cartões estão comprometidos - minha dívida está parcelada, vou pagando aos pouquinhos.

O destaque maior é para essas pessoas e para todos que me apoiaram no término de minha pós. Agradeço à empresa em que trabalho, a Itaipu Binacional, por ter investido em mim e me liberado das segundas-feiras. Agradeço aos ônibus bons e aos bons motoristas, etc.

E agradeço a vocês que me acompanharam até aqui. Depois de um tempo viajando, já imaginava como seria registrar tudo aqui no blog e compartilhar com vocês. Essa não é uma despedida, mas o fim de uma aventura e o início de outra. A todos, meus muitos obrigado!

Sabemos que a escolha da companhia é uma escolha pessoal. Agradecemos por ter escolhido a Rascunhos de Viagens.

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